domingo, 22 de dezembro de 2013

A Arte da Manutenção - Martha Medeiros

Era par ser divertido para sempre, empolgante para sempre, inspirador para sempre, mas a maioria acredita que a longevidade dos amores é atribuição do destino, ele é que tem que tomar conta.

Nenhum encantamento se mantém sem uma boa dose de supervisão. Não basta dar corda e depois cruzar os braços. Não dá pra apertar o botão e depois sair pra tomar um lanche. Não se pode confiar na sorte. A engrenagem não se auto lubrifica sozinha, os movimentos não se renovam no automático e o tempo não faz mágica. Diversão, como tudo na vida, também exige cuidado.

Mas quem é que tem paciência para o zelo, de onde tirar disposição para renovar o suspiro mil vezes reprisado? Começa maravilhoso, depois fica legal, aí legalzinho, até o "larguei de mão, cansei".

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