domingo, 19 de agosto de 2012

Um retiro de carnaval...


Mais uma lembrança do passado...

No Natal, eu tinha passado por um assalto, uma tentativa de sequestro, e não conseguia sair de casa. Era a primeira vez que eu experimentava o que é ter Síndrome do Pânico. Me lembro que o único lugar que eu consegui ir foi à igreja no Reveillon, uma semana depois.

Janeiro passou, e eu dentro de casa. Até que veio o Carnaval, e minhas primas, adolescentes, queriam que eu fosse com elas a um retiro da igreja delas. Não achei uma boa ideia, por causa do pavor que eu sentia quando a noite caía, mas acabei indo.

Estávamos na igreja esperando para sair, e nada. Até que alguém disse que estávamos esperando um rapaz chegar.

Eu, muito preconceituosa, logo imaginei o tal rapaz: pretinho, franzino, feio, até que ele apareceu... e eu fiquei embasbacada... q rapaz lindo! rsrs

Só que o rapaz sentou, colocou o fone no ouvido e nem aí pra gente. Ahhh eu engoli minha timidez e fui mexer com ele, dizendo q a gente tinha esperado por ele até agora, então ele iria brincar com a gente. Todo mundo foi cantando, brincando, falando besteira até o sítio.

Nos dias que se seguiram, eu passei mal algumas vezes com o pavor noturno, mas, em compensação, eu tinha aqueles olhos me observando durante o dia. Conversamos um pouco, nos conhecemos, e eu me apaixonei - à primeira vista. 

Mas como ele era um rapaz de igreja pequena, eu imaginei o quanto isso seria complicado, mas a principio nem foi. Nos encontramos num show da Comunidade Evangélica da Vila da Penha [em 1994] no Imperator quando a Aline Barros ainda cantava lá, para o lançamento do CD [eu acho]. Foi nesse dia que começamos a namorar.

Ele foi o melhor namorado que tive. Lembro que namoramos muito pouco, e depois da Páscoa eu fui obrigada/pressionada a terminar.

Isso porque minha mãe foi envenenada contra ele por uma pessoa da igreja dele. Umas pessoas ligavam pra minha casa dizendo que a gente estava no motel, enquanto na verdade estávamos na igreja. Sei que errei que eu deveria ter contado a verdade do que ceder à chantagem emocional da minha mãe. Mas uma coisa que eu sempre achei muito difícil era lidar com a minha mãe. Ainda é, mas eu bem que tento.

Um tempo depois [não me lembro quanto] corri atrás, pedi pra voltarmos, mas ele estava noivo e achou por bem que deveria se casar com essa moça. 2 anos depois eles se separaram. Nesse tempo, eu já não tinha mais contato com ele, apenas sabia dele através de uma amiga em comum.

Tem horas q eu me lembro de tanta coisa: o perfume, o beijo, o sorriso tímido, aquele jeito quieto, as mãos... ele realmente é inesquecível. Mas o melhor de tudo é que hoje ele é um dos meus melhores amigos. E é alguém que eu vou levar pra sempre no meu coração, nas minhas lembranças. Ele se tornou um bom exemplo de "pessoa certa" na "hora certa", mas que eu não valorizei quando deveria.

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