Caça e Caçador

Acho que é esse termo que explica bem o que eu senti esses dias: Um dia é da caça, e o outro, do caçador.


O passado, o meu passado, resolveu bater à porta, duas vezes. Um dia eu fui lá e procurei e achei, e tive que expor tudo... dores, culpa, aflições, angústias, questionamentos, saudades, e um quase amor eterno. No outro, fui lá e procurei e achei, achei mais do que eu queria ter encontrado.


A vida é assim. Um dia você é a caça, fragilizada, acuada, pronta [ou não] pra ser devorada. Mas no outro você é o caçador, impiedoso, experiente, olhando sua caça, sua presa nos olhos...


Tanto em uma situação quanto em outra, não me senti confortável. Mas eu acho q a primeira, onde a fragilidade era minha, eu achei mais fácil de lidar, porque eu sabia o que eu estava sentindo. Porém quando é o outro que demonstra aquilo que eu sei, mas que quero achar que ficou lá atrás, há 12 anos, eu me senti tão despreparada: O QUE FAZER?


Hoje fico impedida sequer de imaginar, mas tenho saudades, principalmente, do segundo: das cartas, da amizade, da facilidade de escrever sobre a vida, sobre o dia a dia, de como era incrível escrever cada segundo do dia, expor pecados, desejos, inseguranças, sonhos, planos, e tantas coisas que hoje, em parte, são realidade, enquanto outras não passaram de fumaça, e outras que ainda não se realizaram.


Fico ansiosa pra ligar o Facebook e saber mais, conversar mais, mas eu não posso esquecer de quem amo, daquele que necessita de mim, do meu amor, da minha atenção...


Esses dias tem sido de grande aprendizado! O melhor é saber que posso continuar com as amizades [se for correspondida dessa forma]...